Que bonito! Mais uma vez deixei o blog a mercê das aranhas virtuais. Se tem uma coisa complicada para mim é manter hábitos. No entanto, como toda vez que me sinto mal, farei mais uma promessa pessoal de voltar a escrever. Escrever me alivia, me faz falta, me faz viajar em histórias reais e fictícias, às vezes até os dois tipos ao mesmo tempo. Quero escrever sobre a experiência de morar fora por quase um ano, dar dicas de viagens, mas sem deixar de lado meus bons velhos textos tirados lá do fundinho da minha imaginação.
Falando em inspiração, devo dizer que fiquei muito decepcionada ao ver que um dos blogs que sempre me deixou preenchida de ideias para botar no papel (ou aqui). Era um blog que as próprias leitoras escreviam. Mas oi? Isso mesmo. As leitoras mandavam suas histórias, seus dramas, seus amores, suas saudades. Isso me inspirava, até hoje inspira. Algumas dessas histórias me marcaram e o mais engraçado é que nem conheço as autoras, mas sempre há o poder da identificação. Você lê aquelas palavras escritas por outra pessoa e podia jurar que foi você quem escreveu. É uma comunidade que se abraça com palavras e enxuga as lágrimas mesmo distante, ou sorri a felicidade do outro mesmo nem conhecendo. Era bonito, é bonito. Ele ainda está lá, afinal, apenas nem tem tido atualização desde 2014.
Falando em data, 2014 foi um ano de mudança para mim também. Todo ano tem alguma mudança que marca, mas 2014 e 2015 tiveram transições fortes e ainda têm. Posso ter perdido uma fonte de inspiração, mas a vida me mantém cheia nesse aspecto. Pessoas, acontecimentos, observações. As pessoas podem te surpreender com coisas infinitamente maravilhosas, te proporcionando amizades tão grandes em tão pouco tempo que você achou que não seria possível. As pessoas também te decepcionam, são capazes de jogar anos para o ar como se fossem horas. Os acontecimentos podem ser impressionantes por um simples detalhe: uma frase que marca uma viagem, um mico que sempre é bom pagar de vez em quando, uma pegadinha que você faz com o colega, uma música que fica na sua cabeça. Já as observações, elas são instantaneamente um exercício para a mente criativa. Nem preciso falar muito por essa última, pois ela já fala por si só.
Falando em vida e nas possibilidades que ela te proporciona, estou naquela fase em que a vida parece que ta tirando um descanso das aventuras e te deixando no tédio. Aquele tédio que mesmo tendo mil coisas para fazer, você faz absolutamente nada. Para exemplificar essa inutilidade que me assola: faz pelo menos três dias que escrevo esse texto. Três dias sendo muito otimista. E vamos terminar sem muita criatividade, porque é a vida...