O mais engraçado disso tudo são os clichês que tanto encontramos nesse século sobre cada um dos temas. No amor os olhos brilham e o coração acelera. Na tristeza as lágrimas caem e o peito dói. Na dor não há fim, muito menos esperança. Pegue um amor de oitocentos anos atrás, ele será tão diferente dos de hoje. Tão mais belo, mais idealizado. Queria poder ter aquilo. Aquela inspiração que inova, não renova, nem reutiliza.
A vida vai mudando de monotonia em monotonia, que de alguma forma exercem algo extraordinário na nossa mente, na nossa personalidade. Queria subtrair meus bloqueios de escritas pessoais, mas não consigo. Apenas em comentar sobre bloqueios, me sinto expondo demais, me sinto insegura.
As pessoas que cometem erros e os guardam no fundo do mar, vivem tempos querendo perdão, porém há o medo da rejeição. Até que chega o momento em que o peso é tão grande que elas passam a rastejar, e só a água alivia a dor. O peso não para de aumentar e elas resolvem mergulhar lá no fundo mais obscuro e libertam o que guardavam ali. Não mais querem perdão, desejam apenas descanso, alívio.
De errado não há nada quando se trata do medo de se expor, o único problema é quando esse medo passa a ser maior do que sua coragem de viver. Há o limite da fala e limite do silêncio. A pergunta é: sabemos qual é esse limite?