Devo dizer que nossos planos antes de chegar mudaram completamente ao chegar. Dois inocentes que pensavam que seria possível viajar três cidades em três dias. Dois doentes, literalmente, que decidiram que Bruxelas era aventura suficiente para três dias. Se não fosse a falta de euro, de saúde e disposição, se não fosse a falta de planejamento, aí sim poderíamos ter cumprido com os planos. No entanto, eram muitos empecilhos para umas só viagem.
Não sei ao certo como cada um gosta de viajar, mas em Bruxelas eu descobri como eu gosto. O bom de viajar é sentir a cidade, curtir, não planejar à risca cada minuto. Para aproveitar, não rola cronometrar. Sem muitos planos, no primeiro dia a gente caminhou pelo centro da cidade. Perdeu a noção das estações e ficou feito barata tonta procurando um jardim inexistente. Repare, flores não estão a vista durante todo ano, e dois aspirantes a biólogos demoraram um bom tempo para chegar a essa conclusão. Quando nos encontramos desesperados acabamos fazendo umas burradas como essa, é normal. Há males que vêm para o bem, e de tanto errar acabamos descobrindo coisas maravilhosas: galerias com lojas de chocolate lindas, porém caras; mercadinhos que mais pareciam um submundo; pessoas tão perdidas quanto a gente; e o melhor de tudo, encontrar, por acaso, o que estávamos procurando. Desse modo chegamos ao Delirium Café, o qual faz jus à sua fama, mas decepcionou dois brasileiros que estavam com sede de cervejas com gostinho brasileiro. Porque brasileiro saudosista é assim, paga o dobro ou o triplo do preço só para sentir sua naçãozinha de novo. No entanto, essa não foi a vez. Apesar do extenso cardápio com cervejas do mundo inteiro, a que desejávamos estava em falta. Como todo bom turista, não saímos de mãos vazias. Delirium abaixo, papo descontraído e deixando a nossa marca na mesa de madeira, saímos feliz e satisfeitos com a conquista de encontrarmos aquele lugar impossível de perder quando se está em Bruxelas.
Os dias seguintes foram mais bem planejados, visto que tínhamos tempo e internet no hostel para evitar qualquer confusão quando estivéssemos no meio da cidade. De muita utilidade foi ter um celular com bateria duradoura e com GPS. Demorei algumas outras viagens para pegar as manhas do GPS, mas isso falo em outros capítulos. É possível que daqui há cinco anos ainda estarei escrevendo coisas sobre esse ano de ciências sem fronteiras com dicas, sensações, ideias. Foi muita experiência diferente que fica difícil compilar em poucas histórias, sem contar que alguns detalhes não vêm na hora que a gente que, não é mesmo?
Enfim, o texto já está bem grandinho e faz meses que estou com o rascunho dele. Então deixemos ele por aqui. Organizarei melhor o cronograma de Bruxelas para depois dizer que valeu e não valeu a pena.
Os dias seguintes foram mais bem planejados, visto que tínhamos tempo e internet no hostel para evitar qualquer confusão quando estivéssemos no meio da cidade. De muita utilidade foi ter um celular com bateria duradoura e com GPS. Demorei algumas outras viagens para pegar as manhas do GPS, mas isso falo em outros capítulos. É possível que daqui há cinco anos ainda estarei escrevendo coisas sobre esse ano de ciências sem fronteiras com dicas, sensações, ideias. Foi muita experiência diferente que fica difícil compilar em poucas histórias, sem contar que alguns detalhes não vêm na hora que a gente que, não é mesmo?
Enfim, o texto já está bem grandinho e faz meses que estou com o rascunho dele. Então deixemos ele por aqui. Organizarei melhor o cronograma de Bruxelas para depois dizer que valeu e não valeu a pena.
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