O som da tua risada me faz pensar que tenho as melhores piadas. Minha doidice se mistura com a tua. Sinto que as covinhas da tua bochecha se afundam mais quando estão comigo. E eu gosto de me afogar nas tuas histórias, pedindo um ar para respirar entre uma e outra. Teus relatos saíram de livros, arrisco dizer. Eu quero devorar tua biblioteca. Quero a seção que me alegra e me entristece, a que me surpreende e te enaltece. Quero, principalmente, a seção que te encontro, te jogo para o lado e me jogo também.
We Heart It |
Antes, tua rua não aparecia no meu mapa. Hoje, ela tem corpo e rosto. Cada vez que passo lá, sinto teu cheiro pairando em meu ar. O aconchego do teu lar me faz querer morar ali. As plantinhas do teu jardim combinam com minha vontade de cozinhar. Os teus quadros ainda não pendurados lembram meu dom de procrastinar. Às vezes penso em roubar teu travesseiro só para saber quais são teus sonhos.
Finalmente, teu toque. O inverno das tuas palmas no inferno da minha pele. Digno de quem congela ainda mais a minha frieza. No entanto, é tua contradição que me amarra. Tua habilidade de aquecer meus calos e aliviar minha dor. Teu remédio sem receita que deveria ser ilícito.
Menino, te conhecer foi querer ficar juntinho de ti e não querer fugir dali. Nosso encostar de mãos não me assusta. Nosso dormir de conchinha não me sufoca. Nosso entrelaçar de braços não me prende.
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