Deitada, vendo as nuvens deslizarem na pista azul-claro. Assistindo a pista escurecer a medida que as horas passam. Olhando para cima, vendo nada enquanto os minutos correm. Sentindo o tambar no peito rufar no ritmo da melodia dos pensmentos que mudam de segundo em segundo.
Sentada, tentando decifrar o labirinto interno, procurando explicações no caos externo. Com as mãos no piso gelado na mesma temperatura dos sentimentos. Observando a correria das manchas luminosas da metrópole, as quais tomam formas tão imaginárias quanto esse amor.
De pé, pensando se o próximo passo é para trás ou adiante. Com a sola dos pés colada com o calor do asfalto e a palma das mãos voltadas para o rosto, barrando a possibilidade de olhar em volta, impedindo a confusão dos cômodos de dentro com os campos de fora. Precisando de um abraço das correntes de ar e pedindo que pelo menos o vento mostre em que caminho andar.
No comments:
Post a Comment