Nasci para ser essa incógnita que todos vêem como o mais decidido ponto final. É uma máscara fácil de ser usada e derrubada, no entanto ninguém consegue ver com clareza o caminho que deve seguir nesse bifurcação ao me conhecer.
Faço um investimento em um presente de futuro incerto, mas quem não o faz? A única diferença é que não quero investir onde aposto minhas fichas e sou levada pela sorte, ou falta dela. Quando acho que não sei o que não quero, para finalmente descobrir o que quero, todas as cartas somem da mesa. Enquanto as procuro, canso minha mente e meu corpo. Ao descansar, encontra-as. O problema? Elas estão embaralhadas.
Parece drama, porém não é. Essas interrogações me perseguem, não o contrário. Garanto que já tentei fugir, tentei agarrar-me a um ponto final, até já encontrei alguns, mas eles vinham seguidos de um traço semi-curvado.
Essas palavras não fazem parte de um desabafo, estão mais para um explanação. Já estou conformada com eterna incerteza de minhas decisões, pois vou amar sem querer, querer sem poder, ganhar ao perder, chorar sem porquê, sorrir por dever. Serão verbos sem nexo com motivos inexistentes. Nunca farei sentido como os outros. Ninguém faz sentido, ninguém se define, ninguém se encontra por completo. Eu faço oposto, eu me erro, eu me perco por inteiro.
No comments:
Post a Comment