Monday, April 19, 2010

não ensaie, improvise!

Muitas coisas me fazem achar que o mundo não é justo, na verdade, me trazem a certeza. Por diversas vezes tentei evitar a confirmação dessa certeza, no entanto não pude evitar. São tantos os fatos que mostram a crueldade e o desamor no ser humano.
Nunca vou conseguir entender como uma mãe deixa para trás três filhos por causa de um amor que nem sabe se vai ser eterno, e mesmo se fosse. Ao tomar a decisão de criar quatro crianças, que não são mais tão crianças, ela assumiu o compromisso de amá-los e tomar cuidado deles até o último momento da vida dela. Por isso haveria de achar o equilíbrio entre o amor ligado ao prazer e o amor materno. Não posso falar muito, pois eu realmente não saberia que fazer em uma situação como essas, não pretendo criticar, apenas entender e ponderar os dois lados.
Porém me ocorre como pura maldade ser egoísta a tal ponto, eu não me perdoaria se chegasse a uma decisão como essas.
Como um pai prefere passar a tarde num barzinho bebendo tudo que pode e o que não pode, no lugar de estar com a mulher e as filhas curtindo a tarde tranquila de domingo? Por que um garoto diz amar aquela garota que sempre foi louca por ele e depois aparece com a melhor amiga dela dizendo que é o amor da vida dele? Será que aquela garota que antes era tão serena realmente preferiu confiar em seus instintos e trair o garoto dos seus sonhos do que ouvir o próprio coração e continuar na mesma batida sem desvios ou interrupções?
Não, isso não é justiça. Ninguém merece qualquer uma dessas situações, não importa que personagem da história seja. Não importa se foi traído, ou se traiu; se deixou ou foi deixado; se mentiu ou foi enganado. Nenhum desses papéis é agradável, nem mesmo ser a platéia dessa peça.
Mas é isso que a vida é. Como já vi em algum lugar (me desculpem por não lembrar exatamente onde): a vida é uma peça que não permite ensaios. A vida exige improviso e se você não sabe improvisar você falha, no entanto procura aprender com o erro, para não próxima cena não esquecer da mesma fala. Vale lembrar que se a peça fosse sempre sorrisos e alegrias espalhados por todos os atos não seria divertido, ou melhor, desafiador assistí-la, nem muito menos interpretá-la.

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